domingo, 7 de novembro de 2010

Reunião Pedagógica

1. Para reelaboração do PDE-Escola – foi realizada uma reunião no mês 05/2010, informando a necessidade de alterações nas ações indicadas em 200. Ações essas iniciadas pelo MEC, adequação á acessibilidade. No entanto, por conta da reforma realizada pela SUCAB não houve necessidade, já que a acessibilidade foi contemplada. Assim decidimos, todo o Corpo Docente presente na reunião, por financiar a promoção dos DIREITOS HUMANOS E DIVERSIDADE, em especial a Lei 10.639/2007, onde a escola tem a obrigatoriedade de trabalhar com a cultura afro-brasileira e indígena. Nossa escola por estar inserida numa comunidade, e também ser, reconhecida como quilombola privilegiou a promoção do homem e mulher negra para uma sociedade que se diz inclusiva, mas a todo o instante ressalta características afro-brasileiras como não tão belas quanto as brancas causando nos e nas adolescentes uma baixa auto-estima..
2. Também na nossa Semana Pedagógica foi informado: “uma escola quilombola necessita de uma educação quilombola”. Nesta oportunidade ressaltamos a não obrigatoriedade de estar numa escola quilombola, mas caso escolhamos estar numa precisamos modificar nossa postura e seremos professores e professoras promotores da inclusão social;
3. Desde que assumi a escola, antes do reconhecimento dessa como quilombola eu já propagava o SENTIMENTO DE PERTENÇA, de precisar conhecer para modificar ou efetivar a cultura local. Então nada está sendo realizado de última hora, mas num processo de construção de identidade que foi desconfigurada por colonizadores, abastados, racistas e preconceituosos. Precisamos informar à sociedade que a cara do Duque de Caxias e da Comunidade do Barro Preto é a minha cara, é a sua cara, é a nossa cara. Crítica sem ação efetiva, ou apenas com ação individual não constrói uma sociedade mais justa e igualitária, e sim o inverso. Como afirmou o autor Monteiro Lobato, “não nos preocupamos em deixar um mundo melhor para os nossos jovens, mas em deixar jovens melhores para o mundo”.
4. Peço desculpas a toda a classe docente por agir de forma impensada e instituir nesta escola algo que não é permitido por Lei, Federal, Estadual e/ou Municipal o “AC móvel”. Peço remissão ao colegiado por tê-lo levado a seguir uma norma que não é regulamentada por Lei. E assim, informo que o COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS passa a agir dentro das normas legais, conforme orientação do nosso Sindicato APLB, as 4 horas de AC deverá ser realizada na escola. Percebi que agir de forma a agradar uma classe não modifica uma realidade execrada por nós cidadão e cidadã compromissados, e sim a efetiva.
5. Peço licença para informar aos docentes, não a todos, que vocês deixaram registrado em ata de reunião ordinária que a minha postura como gestora desta Unidade tem algo que precisa ser revisto “a participação exagerada em eventos nacionais, estaduais e municipais”. No entanto, como proposta do PROGESTÃO entrevistamos um grupo do corpo docente, entre várias perguntas havia uma que perguntava sobre a participação da escola em eventos nacionais, estaduais e municipais mais de 50% respondeu que não participávamos de tais ações. Um espanto para a equipe gestora. Aproveito a oportunidade para informar que a nossa escola participou do: FACE, AVE, TAL, (com culminância apresentada aos estudantes); concurso de cartaz e jingle; Olimpíada da Língua Portuguesa, OBA, OBEMEP, Física, PDE-Escola, Mais Educação, São João, CNPQ Jr., IEL, Meio ambiente; Banho de Piscina no SESC, Visita ao Planetário no SESC, Jogos recreativos, e ainda propusemos o Parlamento Jovem que não foi bem vindo pelo docente e discentes da 3ª série do Ensino Médio (acredito que não quiseram acreditar no nosso potencial de apontar soluções para os problemas da nossa comunidade). Também quero salientar que em toda reunião ordinária ou extraordinária e até mesmo em conversas informais estou sempre colocando os recursos da escola a disposição para realizar um aprendizado fora dos nossos muros (visita a biblioteca, Câmara de Vereadores, UESB, Prefeitura, fábricas entre outros)
6. Tudo aqui que foi dito pode ser comprovado. Basta dedicar um pouco de tempo para ler as nossas atas, tão bem escritas e lidas por nossa secretária Delza Araújo.
7. Perdão se não consigo agradar a todos e todas, mas o meu desejo de mudança, de igualdade é muito maior que eu. Volto a afirmar que a felicidade e realização profissional fazem parte da minha história, ou melhor, nossa história. Amo igualmente a todo pedacinho do Duque de Caxias e Barro Preto, com todos os seus versos e reversos, do seu recôncavo ao convexo.

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