segunda-feira, 16 de julho de 2012

BIOGRAFIA DO EX- PATRONO DA ESCOLA


BIOGRAFIA DO EX- PATRONO DA ESCOLA


            Luiz Alves de Lima e Silva, barão, marquês e Duque de Caxias, militar e estadista brasileiro, nasceu na fazenda São Paulo Vila Estrela, Rio de Janeiro a 25.08.1803, e faleceu em Valença, Rio de Janeiro, a 07.05.1880. Decendente de uma família de militares, aos cinco anos de idade por decreto especial do príncipe regente, verificou praça de cadete no 1º regimento de infantaria. Em 1818 matriculou-se na Academia Real Militar e, em 1821, deixava o estabelecimento já no posto de tenente. Aos vinte e cinco anos de idade era promovido a major pelos serviços prestados nas lutas da independência na Bahia (1823) e na campanha da Cisplatina (1815-1825). Aos trinta e oito anos de idade ascendia ao generala - to e recebia o título nobiliárquico de barão de Caxias, depois de haver sufocado uma sublevação na província do Maranhão 1839-1841. Um ano depois alcançava o posto de marechal – de - campo, como reconhecimento á ação militar e pacificadora desenvolvida nas províncias de São Paulo e Minas Gerais, então tumultuadas por movimentos político – revolucionários liderados respectivamente, por Diogo Feijó e Teófilo – Otoni (1842). Tais sucessos levaram o governo imperial a confiar-lhe, em fins de 1842, a missão de pacificar também a província do Rio Grande do Sul, conflagrada desde 1835 pelos farroupilhas. A 1º de março de 1846, após dois anos de lutas e negociações era firmada a paz entre os contentadores e restabelecida a ordem na província. Comandante – chefe do exercício do Sul (1851) dirigiu-se as campanhas vitoriosas contra Onibe, no Uruguai, e Rosas, na Argentina (1854), que lhe valeu a promoção a tenente – general e o título de marquês. Exerceu cargo de ministro de guerra de 1855 a 1857 e de 1861 a 1862, quando alcançou então o último posto de sua carreira, o de marechal – do – exército. Em fins de 1866, após o fracasso das forças aliadas em Curupaiti, decidiu o governo imperial contornar o impasse político inicial e entregar a Lima e Silva o comando geral das forças brasileiras em operação no Paraguai. Todavia, com o afastamento definitivo do presidente da Argentina, Bartolomé Mitre, chamado a Buenos Aires para solucionar problemas de ordem pública e política interna, passou também ás mãos de Caxias, três meses depois, o comando geral dos exércitos da tríplice aliança. Estabelecida a unidade de comando e após breve período destinado ao dispositivo, reorganização e aprovisionamento das forças, bem como a elaboração de novos planos, Lima e Silva retomou o movimento, em junho de 1867, imprimindo ás operações, já no ano seguinte, o estilo ofensivo que sempre caracterizou suas campanhas. Mediante ampla manobra, contornou as sólidas posições inimigas do Piquiciri e alcançou sucessivos triunfos em dezembro, na passagem do arroio Itororó (onde transpôs a ponte sob fuzilaria, à frente da tropa) e nas batalhas de Avaí e de Lomas Valentinas. Em janeiro de 1869 entrou em Assunção, com a guerra praticamente terminada. Em março,por motivo de doença, deixou o comando supremo dos exércitos da tríplice aliança e recebeu o titulo de duque. De 1875 a 1878 retornou pela terceira vez, à pasta da guerra, introduzindo então notáveis melhoramentos na organização e aparelhamento do exército. No plano político avultuam suas qualidades de estadista e de administrador. Em diferentes ocasiões Lima e Silva exerceu a presidência da província do Maranhão (1839-1841), a vice-presidência da província de São Paulo (1842), a presidência da província do Rio Grande do Sul (1842)- 1846 e 1852), os mandatos de deputado à assembléia legislativa do Maranhão (1842) e de senador pelo Rio Grande do Sul (durante o período 1845 – 1870), além da presidência do conselho de ministros. Para o culto da memória, da personalidade e dos feitos do marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o exército, em 1923 declarou dia da sua data natalícia, deu seu nome a uma das fortalezas da Guanabara (1935), e, por ocasião do sesquicentenário de seu nascimento, instituiu  a medalha do pacificador (1953). Em 1962 finalmente o governo federal, pelo decreto nº 51.429, de 13 de março, proclamou-o patrono do exército brasileiro.

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