BIOGRAFIA
DO EX- PATRONO DA ESCOLA
Luiz Alves de Lima e Silva, barão, marquês e Duque de
Caxias, militar e estadista brasileiro, nasceu na fazenda São Paulo Vila
Estrela, Rio de Janeiro a 25.08.1803, e faleceu em Valença, Rio de Janeiro, a
07.05.1880. Decendente de uma família de militares, aos cinco anos de idade por
decreto especial do príncipe regente, verificou praça de cadete no 1º regimento
de infantaria. Em 1818 matriculou-se na Academia Real Militar e, em 1821,
deixava o estabelecimento já no posto de tenente. Aos vinte e cinco anos de
idade era promovido a major pelos serviços prestados nas lutas da independência
na Bahia (1823) e na campanha da Cisplatina (1815-1825). Aos trinta e oito anos
de idade ascendia ao generala - to e recebia o título nobiliárquico de barão de
Caxias, depois de haver sufocado uma sublevação na província do Maranhão
1839-1841. Um ano depois alcançava o posto de marechal – de - campo, como reconhecimento
á ação militar e pacificadora desenvolvida nas províncias de São Paulo e Minas
Gerais, então tumultuadas por movimentos político – revolucionários liderados
respectivamente, por Diogo Feijó e Teófilo – Otoni (1842). Tais sucessos
levaram o governo imperial a confiar-lhe, em fins de 1842, a missão de
pacificar também a província do Rio Grande do Sul, conflagrada desde 1835 pelos
farroupilhas. A 1º de março de 1846, após dois anos de lutas e negociações era
firmada a paz entre os contentadores e restabelecida a ordem na província.
Comandante – chefe do exercício do Sul (1851) dirigiu-se as campanhas
vitoriosas contra Onibe, no Uruguai, e Rosas, na Argentina (1854), que lhe
valeu a promoção a tenente – general e o título de marquês. Exerceu cargo de
ministro de guerra de 1855 a 1857 e de 1861 a 1862, quando alcançou então o
último posto de sua carreira, o de marechal – do – exército. Em fins de 1866,
após o fracasso das forças aliadas em Curupaiti, decidiu o governo imperial
contornar o impasse político inicial e entregar a Lima e Silva o comando geral
das forças brasileiras em operação no Paraguai. Todavia, com o afastamento
definitivo do presidente da Argentina, Bartolomé Mitre, chamado a Buenos Aires
para solucionar problemas de ordem pública e política interna, passou também ás
mãos de Caxias, três meses depois, o comando geral dos exércitos da tríplice
aliança. Estabelecida a unidade de comando e após breve período destinado ao dispositivo,
reorganização e aprovisionamento das forças, bem como a elaboração de novos
planos, Lima e Silva retomou o movimento, em junho de 1867, imprimindo ás
operações, já no ano seguinte, o estilo ofensivo que sempre caracterizou suas
campanhas. Mediante ampla manobra, contornou as sólidas posições inimigas do
Piquiciri e alcançou sucessivos triunfos em dezembro, na passagem do arroio
Itororó (onde transpôs a ponte sob fuzilaria, à frente da tropa) e nas batalhas
de Avaí e de Lomas Valentinas. Em janeiro de 1869 entrou em Assunção, com a
guerra praticamente terminada. Em março,por motivo de doença, deixou o comando
supremo dos exércitos da tríplice aliança e recebeu o titulo de duque. De 1875
a 1878 retornou pela terceira vez, à pasta da guerra, introduzindo então
notáveis melhoramentos na organização e aparelhamento do exército. No plano
político avultuam suas qualidades de estadista e de administrador. Em
diferentes ocasiões Lima e Silva exerceu a presidência da província do Maranhão
(1839-1841), a vice-presidência da província de São Paulo (1842), a presidência
da província do Rio Grande do Sul (1842)- 1846 e 1852), os mandatos de deputado
à assembléia legislativa do Maranhão (1842) e de senador pelo Rio Grande do Sul
(durante o período 1845 – 1870), além da presidência do conselho de ministros.
Para o culto da memória, da personalidade e dos feitos do marechal Luiz Alves
de Lima e Silva, o exército, em 1923 declarou dia da sua data natalícia, deu
seu nome a uma das fortalezas da Guanabara (1935), e, por ocasião do
sesquicentenário de seu nascimento, instituiu
a medalha do pacificador (1953). Em 1962 finalmente o governo federal,
pelo decreto nº 51.429, de 13 de março, proclamou-o patrono do exército
brasileiro.
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