O
Conselho Escolar existe a quatro anos em nossa escola. Tem representantes,
eleitos através do voto direto, de todos os segmentos da comunidade
escolar,através de seus pares (docentes, discentes, funcionários, responsáveis
por discentes) com exceção da gestora que é membro nato, . O representante da
Comunidade Local é indicado na primeira reunião, com preferencial para o
representante da comunidade local, presidente da associação de moradores. A
associação de Moradores do Barro Preto, através do voto direto reelegeu o
Senhor Sandro Silva em 2012, o mandato tem duração de dois anos. A eleição do
colegiado aconteceu em novembro de 2012, para o biênio 2013 e 2014. As
reuniões ordinárias acontecem uma vez por mês, a cada mês alterna o turno para
poder contar com a especificidade dos três turnos e não prejudicar nenhum
participante em suas atividades escolares e ou profissionais. Também realizamos
reuniões abertas. Essas acontecem em sala de aula com a presença dos(as)
educandos(as), em geral quando precisamos debater algo que vai interferir
direto na rotina do segmento estudante. Ao longo de dois anos todos os
representantes, quase sempre, precisaram ser substituídos por faltarem mais de
três reuniões seguidas. Todos os aspectos administrativos, financeiros e
pedagógicos são discutidos nas reuniões ordinárias, as reuniões extraordinárias
não são solicitadas. O Colegiado desempenha a função consultiva, deliberativa,
normativa e fiscal. Por não disporem de tempo o acompanhamento é realizado para
planejamento e avaliação. As reuniões duram uma hora, caso ultrapasse esse
tempo acabam por ficar enfadonhas e sem proveito prático. O trabalho
cooperativo precisa quebrar os paradigmas que bloqueiam a criatividade de
maneira a buscar sempre, nas experiências do passado, as soluções para os
problemas do futuro. A relação sociedade passada e atual, escola do passado e
atual; a sem planejamento e a planejada deve ser evidenciado a todo o momento
para que ocorra a mudança de paradigmas e estereótipos construídos ao longo dos
anos. Enganam-se quem acredita que com a democracia instituída na escola,
através do colegiado, mudanças radicais de comportamento social em prol da
coletividade se efetivariam, não. Somos aprendizes da democracia. A
mudança é lenta os resquícios da não democracia são fortes, ainda, no ambiente
educacional.A instituição do colegiado escolar é o primeiro passo de um
processo democrático lento e com retorno à sociedade em longo prazo.A
comunidade do entrono escolar da geração de 40 ainda não consegue perceber a
urgência da participação nas decisões da escola. Acredita-se que existe a
figura de alguém que determina e de outro que cumpre. Já a geração mais nova,
da década de 80 em diante, já participa com mais empoderamento das tomadas de
decisões e exige o cumprimento das deliberações. Outro fator de grande
relevância é o acompanhamento das ações da escola através das redes sociais.A
escola não prepara o educando(a) para a vida, a escola é a vida no dia a dia do
educando(a).Após a instituição do colegiado escolar e participar e compartilhar
da administração escolar junto com a comunidade propiciou o despertar do
sentimento de pertença: não estamos na escola do governo, estamos na nossa
escola. A mudança comportamental foi de “trezentos e sessenta graus”. Começamos
a receber com mais frequência a visita dos(as) responsáveis por nossas crianças
e jovens. Os(as) educandos(as) passaram a ter um cuidado especial para com a
conservação da rede física e uma atenção especial para com sua participação nas
decisões da escola e da comunidade.Fazer parte do colegiado escolar despertou
na comunidade escolar a esperança de que é possível sim termos escolas públicas
com educação de qualidade, espaço físico humanizado e principalmente uma gestão
colaborativa. E o mais fantástico foi este sentimento passar a fazer parte da
comunidade local, em especial os vizinhos da escola.
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