terça-feira, 21 de maio de 2013

Conselho Escolar



O Conselho Escolar existe a quatro anos em nossa escola. Tem representantes, eleitos através do voto direto, de todos os segmentos da comunidade escolar,através de seus pares (docentes, discentes, funcionários, responsáveis por discentes) com exceção da gestora que é membro nato, . O representante da Comunidade Local é indicado na primeira reunião, com preferencial para o representante da comunidade local, presidente da associação de moradores. A associação de Moradores do Barro Preto, através do voto direto reelegeu o Senhor Sandro Silva em 2012, o mandato tem duração de dois anos. A eleição do colegiado aconteceu em novembro de 2012, para o biênio 2013 e 2014.  As reuniões ordinárias acontecem uma vez por mês, a cada mês alterna o turno para poder contar com a especificidade dos três turnos e não prejudicar nenhum participante em suas atividades escolares e ou profissionais. Também realizamos reuniões abertas. Essas acontecem em sala de aula com a presença dos(as) educandos(as), em geral quando precisamos debater algo que vai interferir direto na rotina do segmento estudante. Ao longo de dois anos todos os representantes, quase sempre, precisaram ser substituídos por faltarem mais de três reuniões seguidas.  Todos os aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos são discutidos nas reuniões ordinárias, as reuniões extraordinárias não são solicitadas. O Colegiado desempenha a função consultiva, deliberativa, normativa e fiscal. Por não disporem de tempo o acompanhamento é realizado para planejamento e avaliação. As reuniões duram uma hora, caso ultrapasse esse tempo acabam por ficar enfadonhas e sem proveito prático. O trabalho cooperativo precisa quebrar os paradigmas que bloqueiam a criatividade de maneira a buscar sempre, nas experiências do passado, as soluções para os problemas do futuro. A relação sociedade passada e atual, escola do passado e atual; a sem planejamento e a planejada deve ser evidenciado a todo o momento para que ocorra a mudança de paradigmas e estereótipos construídos ao longo dos anos. Enganam-se quem acredita que com a democracia instituída na escola, através do colegiado, mudanças radicais de comportamento social em prol da coletividade se efetivariam, não.  Somos aprendizes da democracia. A mudança é lenta os resquícios da não democracia são fortes, ainda, no ambiente educacional.A instituição do colegiado escolar é o primeiro passo de um processo democrático lento e com retorno à sociedade em longo prazo.A comunidade do entrono escolar da geração de 40 ainda não consegue perceber a urgência da participação nas decisões da escola. Acredita-se que existe a figura de alguém que determina e de outro que cumpre. Já a geração mais nova, da década de 80 em diante, já participa com mais empoderamento das tomadas de decisões e exige o cumprimento das deliberações. Outro fator de grande relevância é o acompanhamento das ações da escola através das redes sociais.A escola não prepara o educando(a) para a vida, a escola é a vida no dia a dia do educando(a).Após a instituição do colegiado escolar e participar e compartilhar da administração escolar junto com a comunidade propiciou o despertar do sentimento de pertença: não estamos na escola do governo, estamos na nossa escola. A mudança comportamental foi de “trezentos e sessenta graus”. Começamos a receber com mais frequência a visita dos(as) responsáveis por nossas crianças e jovens. Os(as) educandos(as) passaram a ter um cuidado especial para com a conservação da rede física e uma atenção especial para com sua participação nas decisões da escola e da comunidade.Fazer parte do colegiado escolar despertou na comunidade escolar a esperança de que é possível sim termos escolas públicas com educação de qualidade, espaço físico humanizado e principalmente uma gestão colaborativa. E o mais fantástico foi este sentimento passar a fazer parte da comunidade local, em especial os vizinhos da escola.

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