Numa visão multicultural. Porque nossa
sociedade é formada de forma multicultural. Não é cabível evidenciarmos uma
cultura em detrimento de outra. Todos os saberes tem a mesma valorização
independente da raiz cultural. Somos frutos do multiculturalismo. Nossas
crenças e fazeres pedagógicos precisam evidenciar estas marcas culturais. Em
uma da revisões da LDBEN forma efetivadas as seguintes mudanças:
- introdução de
novo paradigma curricular para a educação básica, baseado em competências
a serem construídas pelos alunos, de tal modo que os conteúdos não têm
sustentação em si mesmos, mas constituem meios para desenvolver
capacidades;
- introdução de
princípios de organização e gestão de sistemas escolares baseados na
flexibilidade, descentralização e autonomia da escola, associados à
avaliação de resultados;
- introdução do
preceito da diversidade curricular para atender às características e
peculiaridades regionais.
Novas
práticas se impõem à escola, em especial quando esta é quilombola e atende
quilombolas, a prática educativa, o planejar e sistematizar precisa estar com o
foco nas culturas populares, nos saberes constituídos no dia a dia. A
resistência é compreensível já que somos frutos de uma educação modista,
determinante monocultura. Do mesmo modo, para os alunos e alunas e estranho ver
a escola valorizar o conhecimento, os bens culturais, o trabalho, a autonomia
intelectual, ao invés de informar que tudo está errado e precisa ser construído
um novo saber. É necessário, também, que o docente exercite o pensamento
crítico e reflexivo, aprenda a comprometer-se, a compartilhar
responsabilidades, a utilizar diferentes recursos tecnológicos e comunicar-se
usando várias linguagens. Isso não significa abrir mão dos conteúdos inerentes
a cada etapa serial, mas relacionar o saber constituído historicamente pelos
seres humanos e o saber que está em formação, que precisa ser validado no
cotidiano.
Estas
mudanças trouxeram divergências, muitas indagações, desejo do continuísmo, o
conhecido é mais seguro. A equipe gestora e o corpo docente a todo momento se
depara com situações que ora fortalece a mudança ora desperta o desejo do
regime militar dentro da escola. E não é diferente entre os outro segmentos,
inclusive os alunos e alunas.
A
Lei 10.639/2007 precisa subsidiar todas as ações pedagógicas da nossa escola.
Apesar de alguns docentes não se colocarem na posição de pesquisadores e
construtores desta educação é sua função, já que escolheu atuar em uma escola
de comunidade quilombola.
Em seu art.13, a lei 9394/96 afirma que,
Os docentes incumbir-se-ão de:
1. participar da proposta pedagógica do estabeloecimento
de ensino;
2. elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
3. zelar pela aprendizagem dos alunos;
4. estabelecer estratégias de recuperação para os alunos
de menor rendimento;
5. ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à
avaliação e ao desenvolvimento profissional;
6. colaborar com as atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade.
Assim
não podemos nos eximir da responsabilidade enquanto professor e professora com
o sucesso na aprendizagem e permanecia do aluno e da aluna na escola.
Hoje,
vivemos em uma sociedade da informação, de novas tecnologias e novos meios de
comunicação, e da globalização dos mercados. Então não dar para a escola
escolher a monocultura. Somos em essência multiculturais, somos representantes
do século XXI, mesmo tendo uma educação fundamentada no século passado, e
promotores e promotoras dos diversos saberes culturais.
Boa tarde!
ResponderExcluirGostaria de um endereço de e-mail para que eu posso entrar em contato com vocês.
Meu e-mail é o douglas@orangeeditorial.com.br
Aguardo seu retorno!
Att.,
Douglas Nunes Brandão
Orange Editorial