sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ângela, em sua opinião, a escola enquanto sistema social deve primar por quais aspectos: a cultura escolar e o currículo oculto; estilos de aprendizagem da escola; línguas e dialetos da escola; estilos e estratégias de ensino; materiais de instrução; participação da comunidade; programa de aconselhamento; procedimentos de avaliação e testes; currículo formal e curso de estudo; atitudes, percepções, crenças e ações dos funcionários da escola? Por quê?



A escola deve primar pela emancipação do cidadão e da cidadã em sua totalidade. O educador pode dar a ênfase necessária para tal. Para alcançar o saber de uma forma sistematizada e com presença marcante no cotidiano devemos ser fomentadores de diversidades de caminhos.  
Eu vejo a cultura escolar, hoje, como um espaço para desenvolvermos habilidades humanas, contextualizamos o momento histórico no qual vivemos e os vividos por outras gerações e, assim, planejarmos um cotidiano escolar mais empático.  Estamos num momento de busca, não dar par ter a escola como instrumento de reprodução, e o currículo oculto é uma ferramenta para escola de comunidade como a nossa. Buscamos dentro da comunidade um elemento problemático e a partir desse desenvolvemos os saberes historicamente sistematizados, e que precisamos ser partilhados com todas as classes afinal estudar nada mais é do que conhecer os feitos do homem no seu meio e desenvolver habilidades para ser um realizador de feitos históricos.
O docente educador precisa ter conhecimento dos estilos de aprendizagem da escola. Cada educando tem seu sistema racional organizado conforme suas vivências, sua cultura. Assim, o estilo de aprender e apreender são muito individuais. Podemos ter ciências dos saberes por diversos caminhos. Não existe uma única forma de divulgar o conhecimento. Despertamos o interesse pela indagação, pelo querer ir além com o texto corporal, as expressões faciais, a consciência de que no momento do aprendizado do outro também estamos aprendendo e vice versa.
As línguas, formal e informal, precisam ser valorizadas no espaço escolar e contextualizadas na vida dos usuários. Não entraremos no mérito do certo e ou errado, mas do momento adequado para cada variação. Os dialetos da escola são as formas mais espontâneas de ser jovem, de participar da vida em nichos, de evidenciar a cultura do seu grupo, evidenciar os saberes de pessoas com perspectivas parecidas. Se fazer visível dentro de uma organização social é uma condição humana e a escola não pode deixar de valorizar essas identidades.
As estratégias de ensino utilizadas pelos professores facilitam e influencia a aprendizagem dos alunos e que os estilos de aprendizagem podem interferir na definição das estratégias de cada professor, tornando aula prazerosa e principalmente, o ambiente escolar um local de metas alcançáveis. Identificar os diferentes tipos de aprendizagem é um dos caminhos viáveis para disseminar as culturas e saberes.
A comunidade estar presente na escola, no processo de formação é a matriz da qualificação da educação. Quando chegarmos a esse patamar poderemos ter a certeza que a efetivação política, pedagógica aconteceu. O Projeto escolar foi enraizado nas classes populares.
Oxalá, começarmos a praticar os discursos proferidos e ter a responsabilidade de lidar com os saberes como um profissional da educação.

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