No primeiro momento, não. A educação
de Jovens e Adultos herdou as praticas dos cursos regulares. Já num segundo momento
com divulgação de material didático, elucubrações de diversas ordens percebemos
que a EJA precisava ter características marcantes. O trabalho seria bem mais
proveitoso se conseguíssemos atuar com a pedagogia de Paulo Freire, para tal o
governo publicou diversos cadernos fantásticos, divididos em vários saberes:
ser, conhecer e fazer. Precisamos adentrar no mundo dos jovens e adultos
através dos seus conhecimentos gerais no campo da saúde, da higiene, da vida
doméstica e da produção rústica. Adequar os conteúdos sistematizados, formais
aos conteúdos de vida da comunidade. Alguns docentes conseguem esta maturação
educacional, outros fazem de conta que estão tentando e outros ainda nem conseguem
perceber a diferença entre a relação de saber do estudante da EJA e o do
regular. A vontade política exige tempo, prioridade e disponibilidade para se
despir das verdades construídas ao longo da colonização portuguesa. Em nossa
escola não temos profissionais que trabalham apenas com a EJA, daí a credito a
dificuldade para trabalharmos com um tema gerador. Outra problemática é a
Atividade Complementar que não é realizada por área de conhecimento. O sistema
educacional foi bem equipado com a teoria para efetivação da EJA, mas não
disponibiliza mecanismos que a façam acontecer. Dentro do próprio sistema
educacional a EJA não é vista com suas especificidades por conta de um público
específico, mas de um público com problemas de aprendizagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário