sábado, 18 de agosto de 2012

Ângela, para trabalhar com a Educação de Jovens e Adultos, principalmente nesta perspectiva dos eixos, os professores tiveram ou participaram de alguma formação específica?




No primeiro momento, não. A educação de Jovens e Adultos herdou as praticas dos cursos regulares. Já num segundo momento com divulgação de material didático, elucubrações de diversas ordens percebemos que a EJA precisava ter características marcantes. O trabalho seria bem mais proveitoso se conseguíssemos atuar com a pedagogia de Paulo Freire, para tal o governo publicou diversos cadernos fantásticos, divididos em vários saberes: ser, conhecer e fazer. Precisamos adentrar no mundo dos jovens e adultos através dos seus conhecimentos gerais no campo da saúde, da higiene, da vida doméstica e da produção rústica. Adequar os conteúdos sistematizados, formais aos conteúdos de vida da comunidade. Alguns docentes conseguem esta maturação educacional, outros fazem de conta que estão tentando e outros ainda nem conseguem perceber a diferença entre a relação de saber do estudante da EJA e o do regular. A vontade política exige tempo, prioridade e disponibilidade para se despir das verdades construídas ao longo da colonização portuguesa. Em nossa escola não temos profissionais que trabalham apenas com a EJA, daí a credito a dificuldade para trabalharmos com um tema gerador. Outra problemática é a Atividade Complementar que não é realizada por área de conhecimento. O sistema educacional foi bem equipado com a teoria para efetivação da EJA, mas não disponibiliza mecanismos que a façam acontecer. Dentro do próprio sistema educacional a EJA não é vista com suas especificidades por conta de um público específico, mas de um público com problemas de aprendizagem. 

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