domingo, 5 de agosto de 2012

“Como promover, articular e envolver a ação das pessoas no processo de gestão escolar?”


 O grande poeta português em uma de suas pessoas afirmou "O povo nunca é humanitário. O que há de mais fundamental na criatura do povo é a atenção estreita aos seus interesses, e a exclusão cuidadosa, praticada sempre que possível, dos interesses alheios." * A escola que queremos e as ações que nós realizamos é bem definida nesta frase do poeta. Sistematicamente, eloquentemente propagamos a sociedade organizada e participativa com direitos e deveres a todo cidadão. No entanto quando somos convocados a ser tarefeiros desta sociedade os compromissos pessoais são bem mais mensuráveis do que os coletivos. Aproveitamos o momento para colocar no ombro do outro o fardo dos princípios da gestão democrática, e esse por quase nunca ser dividido como outros são educadamente deixados de lado. A exclusão começa a fazer parte do cotidiano escolar disfarçadamente, com formas democráticas. Mudar este rumo, içar velas para o desejável é árduo, louvável, confuso, instigante podendo lhe transformar em uma gestora tida como “durona”.
A comunidade escolar ainda não se atentou à valorização de uma gestão democrática dentro da escola. A equipe gestora precisa estar a todo o momento pedindo, solicitando que docentes, discentes, pais assumam uma postura mais questionadora, fiscalizadora em determinados momentos muitos agem exatamente quando elege um prefeito. Vota e logo após nos deixa governar por conta própria. Entretanto, cobra eficiência e elevação de desempenho. Não exige de nós, ou pior chegam a se sentirem aborrecidos, ações democráticas, transparência, eficiência e coerência com o cargo que exerce. Ser uma gestora emancipada e quer que o outro também o seja é uma missão dentro do poder. Democrática é a escola onde todos  tem poder de decisão e responsabilidade pelas ações cometidas ou não. Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de eleitos representantes.
Numa frase famosa, democracia é o "governo do povo, pelo povo e para o povo".
Democracia vem da palavra grega "demos" que significa povo. A escola democrática esta empenhada nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso, da divulgação de discussão dos direitos e deveres dentro da nossa sociedade organizada. Portanto temos de aprimorar o processo de Gestão Democrática nas Escolas. Na Gestão democrática tem de existir dentro da escola UM DIRETOR(A) – VICE-DIRETOR(A) – COORDENADOR(A) ADMINISTRATIVO FINANCEIRO – COORDENADOR(A) PEDAGÓGICO – CONSELHO FISCAL – CONSELHO ESCOLAR – ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES – ASSOCIAÇÃO DOS PAIS – GRÊMIO ESTUDANTIL e ainda se quiser UMA ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS, Bibliotecária, secretária, vigias, porteiros, digitadores, cozinheiras.
Deixar a gestora realizar diversas tarefas, por falta de funcionário, e tomar as decisões sozinho é jogar no lixo todo o processo da Gestão democrática. Algo que não entendo é como docentes, pessoas com cursos de nível superior, muitos com especialização, vários anos no magistério adquirindo experiências valiosas, tornam-se pessoas totalmente submissas não assumindo uma postura de educador autônomo, autoridade, intelectual, agente transformador, propagador de conhecimentos, idéias e ideais. Valores como liberdade, responsabilidade, pontualidade devem ser cultuados. Nossa postura deve ser de compromisso, participação ativa em todos os segmentos da comunidade escolar, decidir nosso destino, nossas atitudes. Defender nossa carga horária, salários, todos os nossos direitos que estão assegurados por lei. Numa ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES dentro da escola, registrada em cartório, poderemos recorrer ao ministério público caso nossos direitos estejam sendo burlado. Muitas vezes pela incompetência administrativa somo assediados moralmente e nossos projetos pessoais rejeitados e o projeto político pedagógico da escola totalmente esquecidos em papeis amarelados.
Somos regidos pela LDB, Regimento Jurídico Único dos Servidores do Estado e das Autarquias e Fundações Públicas Estaduais e o nosso ESTATUTO E PLANO DE CARGOS CARREIRAS E REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO PÚBLICO.
Já dizia João Agripino – Triste do poder que não pode. Essa frase tornou-se lapidar porque traduz a importância do poder ser exercido em toda sua plenitude.
Os que devem atuar como conselheiro fiscal, conselheiro escolar, ter sua associação e exercer plenamente suas atividades escolares e comunitárias defendendo um ambiente de trabalho saudável juntamente com todos seus direitos.
Basta! Nós gestores não podemos a todo instante estar lembrando a comunidade de sua função social. Queremos e precisamos ser instigados, avaliados, criticados numa efervescência cultural digna de um ambiente de trabalho.


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